Sublimemos, amor. Assim as flores No jardim não morreram se o perfume No cristal da essência se defende. Passemos nós as provas, os ardores: Não caldeiam instintos sem o lume Nem o secreto aroma que rescende. José Saramago, in “Os Poemas Possíveis”.
Arquivos da tag:vida
Sentimental
o ruído se avolumou na medida em que o tempo afastou certezas. por vezes, ideias descabidas contribuíram para a perpetuação dos incômodos. as palavras insistiram em verdades parciais e efeitos transitórios. o sentimentalismo não é outra coisa que a estupidez do sentimento.
Veredas
há muito dito nos pequenos vãos dessa história nas muitas quebras onde acaba por entrar a luz mas eles não minimizam as dores, tampouco mudam os fatos e as dúvidas arrefecem qualquer condição de normalidade busco respostas e caminhos sem aflição e sem medo e não me incomodam mais os pesares alheios exteriores que sãoContinuar lendo “Veredas”
Ego
já não sou quem era tampouco tornei-me ainda quem devo ser.
Réquiem
ditos e feitos enterram o passado em definitivo e não nos resta dedicar-lhe nem mesmo flores.
Poesia
Se nada no salva da morte, que a arte nos salve da vida. (Neruda)
Nosso
no teu palato palavras possibilidades paladares perdições no meu colo calafrios calores convites crepúsculos.
Mudez
Não ligarei Falarei Ou escreverei Os dias se fizeram mudos E foi neles que encontramos Nossas mais verdadeiras respostas.
Eterno
há palavras mortas em teus poemas que escondem espaços enluarados há uma brisa morna que sai de teus lábios e trai ideias amaldiçoadas o céu da tua boca é poeira de estrelas brilhando para sempre em minhas noites escuras.
Ilusão
o sonho invade (necessidade?) desassossega converte prosa em versos faz crer na poesia entorna a sensatez de uma vida leve.