a chegada do outono parece nos perdoar de nossos erros até mesmo daqueles que cometemos sem querer.
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Fenda
há uma fissura em algum lugar da alma de onde emergem demandas pueris tolas infantes incrustadas num beco escuro da memória dos tempos imemoriais.
Sirius
na aridez dos tempos achar por entre as frestas risos em cores cafés com creme conversas em si bemol e um punhado de estrelas amontoadas no meio do peito.
Sinfônica
o concerto de corpos ritmado por risos e sussurros torna-se suspenso nos instantes em que assumem a regência nossos lábios impuros.
Trivial
as palavras me tomam quando eu leio e ainda mais quanto mais escrevo transbordam quando estou triste e dançam (em minha mente) quando estou bem. as palavras apenas me faltam nos mais ou menos da vida a poesia, talvez não aceite a mediocridade.
Dissonância
eu sempre falei que a poesia é a beleza do amor mas você nunca soube escrever as palavras certas
Raso
Parece haver um senso de urgência Non sense Inúmeros devaneios de prestígio Provincianos Falas em excesso, poucos silêncios A despojar a musicalidade das coisas. Ao me deparar com o ridículo Me calo (mais do que de costume) Pois não serei aquela a apontar A bestialidade dos seres A desimportância dos fatos O absurdo dos gestosContinuar lendo “Raso”
Corte
Não há redenção a um poema Quando os versos que penetram os olhos Foram afiados na língua.
De hoje
Se te pareço ausente, não creias:hora a hora minha dor agarra-se aos teus braços,hora a hora meu desejo revolve teus escombros,e escorrem dos meus olhos mais promessas.Não acredites nesse breve sono;não dês valor maior ao meu silêncio;e se leres recados numa folha branca,Não creias também: é preciso encostarteus lábios nos meus lábios para ouvir. NemContinuar lendo “De hoje”