Chuva

A chuva veio cedo, estranhamente em agosto. Quis umedecer o solo e preparar a terra para as sementes da primavera. Veio como um prenúncio: lavar a alma, levar o que não cabe mais. Esfriar os afetos, as emoções extremadas. Umedecer a urdidura da nossa existência para que possamos descartar os fios que não permitem comporContinuar lendo “Chuva”