Temos nossos momentos. Estranhos e complicados que somos, por vezes estamos bem e, de repente, ficamos mal. Em seguida, voltamos a ficar bem porque a resiliência é o motor da vida.
Por vezes, penso que viver é seguir equilibrado em uma longa corda. Alguns dias, o esforço é tamanho para realizarmos determinadas travessias que cansamos com os primeiros ventos do dia. Em outros, nossa determinação nos mantém em pé, mesmo debaixo de tempestades.
A questão é que a coisa toda, no caminho, tem que fazer sentido para que não nos atiremos no caudaloso rio que corre embaixo. Buscar significado no que fazemos e fazer porque, apesar da bravura, das batalhas e dos tombos, há uma emoção que dialoga com o que vai dentro de nós, esse é o sentido de estar em pé. Ou de joelhos – ou nos segurando pelas mãos – mas sem cair.
Porque, no caminho, às vezes, a gente cansa. E como cansa! Diminui o passo, ajoelha na corda, grita para o vento, esbraveja para a tempestade. Quer desistir, quer se encostar, quer chorar de medo ou raiva, alguns querem se atirar. Mas, quem não se atira, depois da catarse, levanta e segue.
Toma um café com bolo para lembrar do gosto bom das coisas. Prepara um pão e curte o cheiro quando sai do forno. Cozinha uma massa. Compra um livro e o devora. Esquece dilemas, inventa rezas, cria ritos. Chuta o balde e compra outro cachorro. E mais uma orquídea. Tira o dia para fazer nada e resolve passar roupas assistindo filme, porque são assim nossos momentos, estranhos e complicados que somos.

É tudo isso que faz de nós esses seres humanos maravilhosos – em outras vezes, nem tanto – e sempre aprendendo na travessia. Faz parte da humanidade.
Beijo, Ana. Bom fim de semana!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Sempre em frente. Bom fim de semana, Mariana!
CurtirCurtir
Nice post. I love the line about living and balancing on a long rope, I can surely relate. Thanks for sharing.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Thanks for visiting!🌷
CurtirCurtido por 1 pessoa